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Significado da palavra Barakah

Barakah é uma forma de benção ou ação de graças, recitada em público ou em particular, normalmente antes de cumprir um mandamento, ou da apreciação de um alimento ou fragrância, e em louvor em várias ocasiões. Sua função é lembrar ao homem da presença contínua de Deus ao seu lado, da importância da Sua providência e agradecê-Lo. É transformar uma variedade de ações e experiências diárias em um modo de aumentar a consciência de Deus em todos os momentos e reconhecê-Lo como a fonte de todas as bençãos. Exercitar a atenção - e a gratidão.

 

Simboliza a conexão entre o divino e o humano através da benção direta e intencional de Deus. Uma espécie de continuidade da Sua presença e revelação, fluindo através dos homens. Não é portanto um estado, mas um fluxo de bençãos e de graça.

Acir Costa Filho, Fundador e Organizador da Casa Barakah

Olá!

É um prazer te receber aqui. Meu nome é Acir e eu pensei que me apresentar e contar a história da Casa Barakah seria uma boa forma de começar...

 

Eu sou filho de um leiloeiro e de uma pastora, professora e cientista da religião - então eu cresci entre a igreja, os negócios, e os esportes, minha paixão desde sempre. Em casa vi meu pai revolucionar a leiloaria e se tornar um dos maiores leiloeiros do país e meu maior exemplo de força de trabalho e do valor que advém dessa escolha. Minha mãe fez com que eu acreditasse ser capaz de realizar qualquer coisa e me mostrou como é importante desenvolver e preservar um olhar aberto e interessado sobre o mundo e sobre o próximo - além de ter me ensinado muito sobre o presente mais valioso que já recebi e o recurso mais poderoso que possuo: meu relacionamento com Deus e minha liberdade com Ele. 

 

Essas referências tiveram uma forte influência sobre mim e em grande medida moldaram a minha visão de mundo e os objetivos que passei a carregar. De alguma forma minha missão se tornou uma busca por construir iniciativas que tenham um olhar e um impacto para além de nós mesmos e do nosso entorno mais próximo, e ao mesmo tempo fazê-las conciliando o pragmatismo que o universo dos negócios carrega, que nos ensina a importância dos resultados e da excelência - e dos sacrifícios para se alcançá-la - além da necessidade das boas estratégias e da boa gestão para construir estruturas sólidas. 

Ocorre que, ao mesmo tempo que a minha relação com Deus se tornava cada vez mais forte, interessante e especial, o mesmo eu não posso dizer do que acontecia com a minha relação com a igreja - e aqui faço questão de usá-la com “i” minúsculo, como uma forma de deixar claro que não me refiro à Igreja de Cristo, mas às instituições, que nem sempre carregam os mesmos valores que aquela. Quanto a essas, embora eu tenha imensa gratidão e respeito por elas, que inegavelmente contribuíram muito na minha formação - e acredite profundamente no poder e no propósito que carregam - muitas com o tempo foram se tornando lugares nos quais eu me identificava cada vez menos. 

 

Fui percebendo sua dificuldade de dialogar e aprender com outros pontos de vista sobre o mundo e sobre a fé, e uma estranha presunção de serem detentoras das últimas respostas e das interpretações absolutas a respeito das Escrituras. Percebi sua relutância em estimular o exercício tão importante das perguntas e, pior, uma discriminação àqueles que cultivam o bom hábito de fazê-las. Percebi uma espécie de alienação cultural e científica, que acaba por se traduzir numa maléfica falta de posicionamento e ação frente as questões mais relevantes e urgentes do nosso tempo. As vi assumirem um papel de guardiãs das tradições mas absterem-se de seu outro, como revolucionárias que devem ser, na vanguarda de questões que promovam o avanço da justiça e da compaixão. Entre outras coisas.

 

Deslocadas de sua posição original, penso que muitas acabam se perdendo em loopings de discussões e atividades que as mantém ocupadas porém inertes, e se transformam em sistemas que por vezes minam aquele que afirmam representar. 

 

Talvez você pense que eu sou um contra-igreja. Eu não sou. Não tenho isso no meu coração. Não levanto bandeira contra elas e não faço nenhum tipo de campanha para que sejam esvaziadas. Ao contrário, me alegro pela enorme parcela de pessoas que, todos os dias, em todos os cantos, e através das mais diferentes linguagens, têm suas vidas transformadas com a ajuda de uma delas. Também não tenho nenhuma presunção de ter as respostas certas. Ao me manifestar sobre comportamentos que penso lhes serem inadequados, pretendo apenas ser uma voz que propõe reflexões, diálogos, alternativas e avanços - e, quem sabe, prestar um bom serviço a elas inclusive.

Fato é que durante muito tempo eu não soube o que fazer com isso na prática. Não sabia como conciliar meu amor por Deus com a minha recusa em aceitar determinados comportamentos enraizados no contexto religioso evangélico do qual sempre fui parte. Me dediquei ao mundo dos negócios, com o qual estive majoritariamente envolvido nos últimos 20 anos, mas convivi com essa sensação permanente de falta em mim.    

 

É desse lugar que nasceu a Casa Barakah. Desse longo processo de incômodo e inadequação, e dessa necessidade, cada vez mais urgente, por encontrar uma forma e um lugar onde eu pudesse dar vazão às minhas ideias e expressar meu amor por Deus com liberdade e da maneira que acredito. Também me moveu pensar que talvez hajam outros como eu e que essa iniciativa possa me ajudar a encontrá-los e a me reunir com eles.

 

Quando eu penso na mensagem e no exemplo de Jesus, eles sempre me remetem a uma atitude concreta na direção do respeito, da comunicação, da compaixão, da esperança. Gosto da ideia de como fazer de toda interação uma forma de doação. Me interesso mais pela ideia de carregar e amplificar esses valores do que pela de codificá-los ou decifrá-los.

 

Talvez você se identifique com a forma como eu reconheço a Deus. Talvez você acredite Nele de uma outra forma, ou com outro nome. Ou talvez não acredite de forma nenhuma. Tudo bem. Eu só espero que isso não nos impeça. Acredito que a riqueza de estarmos juntos será sempre maior do que nossas diferenças e desejo que possamos nos conectar e nos reunir em torno de um objetivo mais importante: ajudar a fazer da esperança um bem comum a todos.

 

De coração, seja muito bem-vindo(a).

 

Sinta-se em casa! :)

 

Novembro.2024

Fundador e Organizador da Casa Barakah

A Casa

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Somos um espaço, uma comunidade e um movimento que tem o objetivo de ser uma expressão viva, livre e amorosa de Deus para este tempo. Somos um abrigo para mentes curiosas e independentes; um refúgio de esperança, luz e calor onde a arte, a ciência, a espiritualidade e o empreendedorismo se encontram.

 

Estamos aqui para reunir aqueles que desejam pensar, debater e, principalmente, agir em relação aos principais desafios da nossa época, e para criar, conectar e impulsionar iniciativas que nos ajudem a ir adiante como indivíduos, como organizações e como sociedade. Pessoal. Local. Global.

 

Fazemos isso através de uma cuidadosa produção e curadoria de conteúdo, em diferentes formatos; do apoio à criação e ao desenvolvimento do que chamamos de negócios e iniciativas autorais notáveis; da realização de eventos, oficinas, reuniões e conversas, locais e online; e de tudo mais que estiver ao nosso alcance e sirva ao propósito de tornar a esperança um bem comum a todos.

 

Acreditamos na interseção e na convergência entre a espiritualidade e a ciência, a filosofia e a mística, a mobilidade e a solidez, a ação e a contemplação, e somos inspirados nas antigas tradições de sabedoria, de diálogo e discussão, e de verdades múltiplas e diversificadas. 

 

Somos multifacetados e fazemos questão de nos manter assim, pois reconhecemos e celebramos a manifestação de Deus na multiplicidade de formatos, lugares, culturas, estilos e linguagens, e acreditamos que a riqueza de estarmos juntos será sempre maior do que nossas diferenças.

 

Estamos fundamentados na fé cristã e acreditamos que Deus está, como sempre esteve, convidando, desafiando e conduzindo a humanidade um passo adiante. Por isso, entendemos que tanto a nossa fé como a nossa leitura das Escrituras precisam ser continuamente revistas, rediscutidas, repensadas, e reafirmadas, para que nunca se enrijeçam. Uma perspectiva que leve em consideração as questões de contexto, percepção, significado e intenção, e que tenha um olhar transgeracional.

 

Somos informados pela ciência moderna e responsivos às suas últimas descobertas pois confiamos que Deus não está focado no atraso, não se opõe à razão, à liberdade nem ao progresso. Acreditamos que Ele não está antes da dúvida ou do desconhecido, limitado pelas bordas que criamos ou aceitamos - ao contrário, está depois deles, do medo, e até da incredulidade, que tantas vezes é apenas o sinal de uma busca que é sincera, corajosa e saudável.

 

Assumimos nossas convicções e posições mas não abrimos mão de estar em movimento, o que significa que estamos dispostos a nos desfazer e refazer no caminho, sempre e quantas vezes for necessário. 

 

Entendemos que o maior valor de um conhecimento não está em seu conceito - por mais profundo ou complexo que seja - mas nos frutos que ele é capaz de gerar. Por isso, priorizamos a busca pelas experiências pessoais e diretas, onde somos verdadeiramente transformados. 

 

Desejamos reunir e nos juntar àqueles que valorizam a dimensão real e fundamental do espiritual mas têm dificuldade de encontrar seu lugar no mundo religioso atual. Acima de tudo, queremos ter um impacto concreto e significativo na sociedade, e contribuir para que entreguemos às próximas gerações um mundo melhor do que aquele que recebemos, em amor, justiça, paz, compaixão e alegria.

 

Escolhemos nos denominar como uma casa por ela ser um lugar que, em diferentes formatos e tamanhos, se destina à construção de relações, vínculos, experiências e memórias. Uma plataforma de onde saímos para as nossas aventuras, explorações e descobertas - mas também um abrigo, um refúgio, para onde voltamos e somos recebidos, acolhidos, integrados e fortalecidos.

Seja bem-vindo(a)! :)

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