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Meu nome é Acir e eu pensei que me apresentar e contar a história da Casa Barakah seria uma boa forma de começar...

 

Eu sou filho de um leiloeiro e de uma pastora, professora e cientista da religião - então eu cresci entre a igreja, os negócios, e os esportes, minha paixão desde sempre. Em casa vi meu pai revolucionar a leiloaria e se tornar um dos maiores leiloeiros do país e meu maior exemplo de força de trabalho e do valor que advém dessa escolha. Minha mãe fez com que eu acreditasse ser capaz de realizar qualquer coisa e me mostrou como é importante desenvolver e preservar um olhar aberto e interessado sobre o mundo e sobre o próximo - além de ter me ensinado muito sobre o presente mais valioso que já recebi e o recurso mais poderoso que possuo: meu relacionamento com Deus e minha liberdade com Ele. 

 

Essas referências tiveram uma forte influência sobre mim e em grande medida moldaram a minha visão de mundo e os objetivos que passei a carregar. De alguma forma minha missão se tornou uma busca por construir iniciativas que tenham um olhar e um impacto para além de nós mesmos e do nosso entorno mais próximo, e ao mesmo tempo fazê-las conciliando o pragmatismo que o universo dos negócios carrega, que nos ensina a importância dos resultados e da excelência - e dos sacrifícios para se alcançá-la - além da necessidade das boas estratégias e da boa gestão para construir estruturas sólidas. 

Ocorre que, ao mesmo tempo que a minha relação com Deus se tornava cada vez mais forte, interessante e especial, o mesmo eu não posso dizer do que acontecia com a minha relação com a igreja - e aqui faço questão de usá-la com “i” minúsculo, como uma forma de deixar claro que não me refiro à Igreja de Cristo, mas às instituições, que nem sempre carregam os mesmos valores que aquela. Quanto a essas, embora eu tenha imenso amor, gratidão e respeito por elas - que contribuíram muito na minha formação - e acredite profundamente no poder e no propósito que carregam, algumas com o tempo foram se tornando lugares nos quais eu me identificava cada vez menos. 

 

Fui percebendo sua dificuldade de dialogar e aprender com outros pontos de vista sobre o mundo e sobre a fé, e uma estranha presunção de serem detentoras das respostas últimas e interpretações absolutas a respeito das Escrituras. Percebi sua relutância em estimular o exercício tão importante das perguntas e uma discriminação àqueles que cultivam o bom hábito de fazê-las. Percebi uma espécie de rejeição cultural e científica que acaba por se transformar em alienação e falta de posicionamento e ação frente as questões mais relevantes e urgentes do nosso tempo. As vi assumirem um papel de guardiãs das tradições mas absterem-se de seu outro, como revolucionárias que devem ser, na vanguarda de questões que promovam o avanço da justiça e da compaixão - entre outras coisas.

 

Quando deslocadas de sua posição original, penso que muitas acabam se perdendo em loopings de discussões e atividades que as mantém ocupadas porém inertes, e se transformam em sistemas que por vezes minam aquele que se propõem a representar. 

 

Talvez você pense que eu sou um "contra-igreja". Eu não sou. De forma alguma. Ao contrário: me alegro pela enorme parcela de pessoas que, todos os dias, em todos os cantos, e através das mais diferentes linguagens, têm suas vidas transformadas com a ajuda de uma delas. Também não tenho nenhuma presunção de ter as respostas últimas e certas. Ao me manifestar sobre comportamentos que penso lhes serem inadequados, pretendo apenas ser uma voz que propõe reflexões, diálogos, alternativas e avanços - e, se possível, prestar um bom serviço a elas.

 

​Fato é que durante muito tempo eu não soube o que fazer com isso de forma prática. Não sabia como conciliar meu amor por Deus e meu desejo de fazer algo a esse respeito, com a minha recusa em aceitar determinados comportamentos enraizados no contexto religioso evangélico do qual sempre fui parte. Me dediquei ao mundo dos negócios, com o qual estive majoritariamente envolvido nos últimos 20 anos, mas convivi com essa sensação permanente de falta em mim.    

 

É desse lugar que nasceu a Casa Barakah. Desse longo processo de incômodo e inadequação, e dessa necessidade, cada vez mais urgente, por encontrar uma forma e um lugar onde eu pudesse dar vazão às minhas ideias e expressar meu amor por Deus com liberdade e da maneira que acredito. Também me moveu pensar que talvez haja outros como eu e que essa iniciativa possa me ajudar a encontrá-los e a me reunir com eles.

 

Talvez você se identifique com a forma como eu reconheço a Deus. Talvez você acredite Nele de uma outra forma, ou com outro nome. Ou talvez não acredite de forma nenhuma. Tudo bem. Eu só espero que isso não nos impeça. Acredito que a riqueza de estarmos juntos será sempre maior do que nossas diferenças e desejo que possamos nos conectar e nos reunir em torno de um objetivo mais importante: ajudar a fazer da esperança um bem comum a todos.

 

Sinta-se em casa! :)


E não se esqueça: você é bem-vindo(a) como você é e com o que acredita!


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Se você está aqui pela primeira vez, tenho três dicas de ordem prática antes de você começar:


1 - Sugiro que você comece lendo nossa primeira publicação, "Para Abrir a Casa". Ela é uma síntese daquilo que sustenta e orienta todos os nossos conteúdos e desejamos que permeie todos os nossos encontros e conexões.


2 - Para a maioria das nossas publicações em texto, escolhemos uma música - ou uma sequência delas - com a ideia de que contribuam para tornar sua experiência mais rica. Sempre que possível ouça-as na sequência em que foram colocadas, pois as ordenamos de forma intencional; e,


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E para já exercitar, aqui está uma música para começar ;)



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